(*) DECRETO N

 

DECRETO N. 17.040 – DE 10 DE SETEMBRO DE 1925

Concede á Société Générale pour le Commerce de Produits Industriels autorização  para funccionar na Republica

O Presidente da Republica dos Estados, Unidos do Brasil, attendendo ao que requereu a Société, Générale pour le Commerce de Produits lndustriels, com séde em Luxemburgo, capital do Grão Ducado do mesmo nome, e devidamente representada,

DECRETA:

Artigo unico. E’ concedida á Société Générale pour le Commerce de Produits Industriels autorização para funccionar na Republica com os estatutos que apresentou e mediante as clausulas que este acompanham, assignadas pelo ministro de Estado dos Negocios da Agricultura, Industria e Commercio, ficando a mesma sociedade obrigada a cumprir as formalidades exigidas pela legislação em  vigor.

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 1925, 104º da Independencia e 37º da Republica.

ARTHUR DA  SILVA BERNARDES.

Miguel Calmon du Pin e Almeida.

CLAUSULAS QUE ACOMPANHAM O DECRETO N. 17.040; DESTA DATA

I

A Société Générale pour le  Commerce de Produits Industricls é obrigada a ter  um  representante geral no Brasil, com plenos e illimitados poderes para tratar e definitivamente resolver as questões que se suscitarem, quer com o Governo, quer com particulares, podendo ser demandado e receber citação  inicial pela sociedade.

II

Todos os actos que praticar no Brasil ficarão sujeitos  unicamente ás respectivas leis e regulamentos e á jurisdicção de seus tribunaes judiciarios ou administrativos, sem que, em tempo algum, possa a referida sociedade reclamar qualquer excepção, fundada em seus estatutos, cujas disposições não poderão servir de base para qualquer reclamação concernente á execução das obras ou serviços a que elles se referem.

III

A sociedade fica obrigada a exhibir, no prazo do sessenta dias, contados da data da publicação das presentes clausulas, o documento comprobativo de se achar realizado o capital destinado ás suas operações na Republica.

IV

Fica dependente de autorização do Governo qualquer alteração que a sociedade tenha de fazer nos respectivos estatutos.

Ser-lhe-ha cassada a autorização para funccionar na Republica si infringir esta clausula.

V

Fica entendido que a autorização é dada sem prejuizo do principio de achar-se a sociedade sujeita ás disposições de direito que regem as sociedades anonymas.

VI

A infracção de qualquer das clausulas para a qual não esteja comminada pena especial será punida com a multa de um conto de réis (1:000$) a cinco contos de réis (5:000$) e, no caso de reincidencia, com a cassação da autorização concedida pelo decreto em virtude do qual baixam as presentes clausulas.

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 1925. – Miguel, Calmon du Pin e Almeida.